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Diferença Entre RPA e Nota Fiscal: O Que Profissionais da Área da Saúde Precisam Saber

Profissionais da saúde que prestam serviços de forma autônoma — como médicos, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas e nutricionistas — muitas vezes têm dúvidas sobre quando utilizar o RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo) ou emitir uma Nota Fiscal de Serviços (NFS-e). Escolher o caminho correto impacta diretamente na carga tributária, na credibilidade com os contratantes e na conformidade fiscal.

Neste artigo, explicamos as principais diferenças entre RPA e NFS-e, os impactos tributários de cada opção, os riscos envolvidos e quando é mais vantajoso optar pela formalização como pessoa jurídica.


O que é RPA e quando ele é utilizado?

O RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo) é utilizado quando um profissional pessoa física presta serviço sem vínculo empregatício e sem CNPJ. Nesse caso, quem contrata o serviço é responsável por fazer o recolhimento dos tributos, como:

  • INSS (20%)

  • IRRF (variável conforme tabela progressiva do IR)

  • ISS (quando exigido pelo município)

Esse modelo é permitido, mas costuma ser mais oneroso para ambas as partes e apresenta limitações significativas para o crescimento da atividade profissional.


O que é a Nota Fiscal de Serviços (NFS-e)?

A NFS-e é emitida por empresas com CNPJ (Simples Nacional, Lucro Presumido ou outro regime). Ao atuar como pessoa jurídica, o profissional da saúde pode emitir nota fiscal pelos serviços prestados diretamente, sem que o contratante precise recolher tributos em seu nome.

Esse formato é o mais recomendado quando:

  • O profissional deseja reduzir a carga tributária;

  • Atua com convênios ou clínicas que exigem nota fiscal;

  • Busca crescimento estruturado da sua atuação com mais segurança.


Principais diferenças entre RPA e NFS-e

Critério RPA (Pessoa Física) Nota Fiscal (Pessoa Jurídica)
Emissor Contratante Prestador (profissional)
Recolhimento de tributos Pelo tomador do serviço Pela empresa do profissional
INSS 20% 11% sobre pró-labore
IRRF Tabela progressiva (até 27,5%) Reduzido ou nulo com contabilidade
ISS Pode ser retido na fonte Varia conforme a atividade e município
Dedução de despesas Não é permitida É possível deduzir despesas operacionais
Risco de autuação Alto se houver frequência ou vínculo disfarçado Baixo, desde que esteja tudo legalizado
Credibilidade com empresas Limitada Alta

Riscos de usar o RPA de forma recorrente

O uso contínuo do RPA pode levar o fisco a interpretar a relação como um vínculo empregatício disfarçado, o que pode gerar autuações, multas e até ações trabalhistas. Além disso, o profissional acaba arcando com uma carga tributária elevada, sem os benefícios da formalização.


Quando a NFS-e é a melhor escolha?

Se você é um profissional da saúde que já atende empresas, clínicas ou planos de saúde, ou se fatura mais de R$ 2.000 mensais de forma recorrente, formalizar sua atividade com CNPJ é o caminho mais seguro e lucrativo.

Com um CNPJ enquadrado no Simples Nacional e a contabilidade em dia, é possível:

  • Pagar menos impostos;

  • Emitir notas fiscais eletrônicas com segurança;

  • Separar patrimônio pessoal do profissional;

  • Planejar melhor os lucros e o crescimento do consultório.


Conclusão: profissionalizar é garantir economia e segurança

O RPA pode parecer mais simples no início, mas carrega consigo mais encargos, riscos e limitações. Já a emissão de NFS-e por meio de uma empresa permite crescimento, economia tributária e mais segurança jurídica.


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Se você ainda atua como autônomo e quer entender qual é o melhor momento para formalizar, conte com a Salazar Contabilidade. Somos especialistas no atendimento a médicos, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas e outros profissionais da área da saúde. Oferecemos:

  • Análise tributária personalizada;

  • Abertura e regularização de CNPJ;

  • Suporte completo na emissão de NFS-e;

  • Planejamento e gestão contábil mensal.

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