Matéria Blog

Planejamento Tributário para Pequenas Empresas de Serviços: Quando Vale a Pena Sair do Simples?

O Simples Nacional é o regime tributário mais conhecido e utilizado por pequenas empresas de serviços no Brasil. Sua proposta de unificação de tributos e alíquotas reduzidas o torna atrativo principalmente no início da jornada empreendedora. No entanto, conforme a empresa cresce, o Simples pode deixar de ser o mais vantajoso, especialmente em setores com alta folha de pagamento, como consultórios, clínicas, escritórios e prestadores de serviço em geral.

Neste artigo, você vai entender quando é o momento certo para considerar a migração para outro regime, quais são os critérios a serem avaliados e como o planejamento tributário evita surpresas desagradáveis.


Por que sair do Simples Nacional pode ser vantajoso?

Apesar da simplicidade operacional, o Simples Nacional pode apresentar alíquotas elevadas quando o faturamento cresce ou o Fator R não é aplicado corretamente. Além disso, empresas que possuem muitas despesas dedutíveis acabam não aproveitando as vantagens que outros regimes oferecem, como o Lucro Presumido ou Lucro Real.

Casos em que vale a pena reavaliar:

  • Receita bruta próxima a R$ 4,8 milhões ao ano;

  • Queda no Fator R, elevando a alíquota efetiva;

  • Margens de lucro reduzidas ou grande volume de despesas operacionais;

  • Crescimento planejado com contratações e estruturação.


Simples Nacional x Lucro Presumido: uma comparação

Aspecto Simples Nacional Lucro Presumido
Faturamento anual limite Até R$ 4,8 milhões Até R$ 78 milhões
Apuração de impostos Alíquota única sobre faturamento Alíquota fixa sobre presunção de lucro
Escrituração contábil Facultativa (exceto para lucro distribuído) Obrigatória
Dedução de despesas Não permite deduzir despesas Não permite, mas há presunção que reduz base
Custo com folha Impacta diretamente no Fator R Não altera o imposto
Emissão de NFS-e Simplificada Requer mais controle, mas é viável

Quando o Lucro Presumido pode ser melhor?

  • Profissionais liberais com faturamento alto e equipe enxuta (ex: médicos, dentistas, psicólogos, arquitetos, engenheiros);

  • Empresas com margem líquida alta e baixo custo operacional;

  • Quando o Fator R resulta em alíquotas de 15,5% ou mais no Simples, tornando o Presumido mais barato.


Riscos de permanecer no Simples sem reavaliação

  • Pagamento de tributos maiores do que o necessário;

  • Perda de competitividade por repassar carga tributária ao cliente;

  • Impossibilidade de distribuição integral de lucros sem contabilidade;

  • Dificuldade em captar investimentos ou crescer de forma estruturada.


A importância de um bom planejamento tributário

Mudar de regime tributário não deve ser uma decisão baseada apenas no faturamento. É necessário avaliar:

  • Projeções de crescimento;

  • Perfil de clientes;

  • Volume e tipo de despesas;

  • Possibilidades de economia fiscal;

  • Regras municipais e estaduais.

O planejamento tributário permite que a empresa simule diferentes cenários, evitando prejuízos futuros e garantindo segurança na escolha do regime mais adequado.


A Salazar Contabilidade faz esse estudo por você

Se sua empresa está crescendo ou se você tem dúvidas se o Simples ainda é a melhor opção, a Salazar Contabilidade pode te ajudar. Somos especialistas em:

  • Análise e migração de regimes tributários;

  • Planejamento estratégico fiscal e contábil;

  • Redução legal da carga tributária com segurança;

  • Suporte completo para empresas prestadoras de serviço e profissionais liberais.

Fale conosco e descubra se é hora de sair do Simples e crescer com inteligência fiscal.